quinta-feira, 13 de outubro de 2011

paradoxo

pode o meu coração traçar os paralelos que teus pés seguem?
podem os meus olhos buscar meridianos para ser teus guias?
no paralalelo 30º perdi o senso e no teu Trópico de Capricórnio havia desertos...
ainda procuro nuvens, selvas, oceanos e praias em teu corpo distante...
mãe de meus dedos desesperados,
pai de todas as marchas infindáveis,
me reconduz a ti,
me afasta de tua boca,
me aproxima do teu ventre que é eterno o meu desejo.
me empurra para os canions mais profundos,
quero os mistérios dos olhos cor do Caribe,
teu cheiro de almíscar inebria os desavisados.
quero para sempre a distância que nos estreita.

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