quinta-feira, 13 de novembro de 2014

sou resistente para adeuses, não que não os dê, é que espero sinceramente o retorno daqueles de que me despeço.
sei, é inocência minha pensar que todos voltarão para a minha alegria...
carrego, assim, essa profunda tristeza da profunda alegria que tive.
 - saudade.
e seguidamente choro por ter sido feliz com aqueles que já foram para longe.
me dou conta de que não sei exatamente para onde vamos, desse jeito, mas há momentos em que tudo parece tomar um rumo.
e esse rumo não fica ao norte ou ao sul, fica no futuro, nas horas, nos dias, nos anos a nossa frente...
podemos deter mínimos fragmentos de tempo: em nossa memória, em nossos olhos...
fotos para quê, se temos nossas mãos para o carinho, nossos olhos para as lágrimas, nosso corpo para o abraço?
talvez resista às despedidas porque retenho sempre a figura dos que amo, aqui, presentes entre as minhas coisas cotidianas...
a presença dos meus ausentes e de quem fui.

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